Não, não sou eu que vou
a caminho da Crimeia, se bem que não me importava nada ... dizem que
é muito bonito.
Há uns tempos, conheci
uma rapariga da Crimeia, vamos chamar-lhe “agente secreto 00421”.
Com exceção de alguns meses, em que ela esteve a estudar no
estrangeiro, viveu a vida toda na Crimeia. Numa feliz coincidência
encontrei-me com ela aqui em Lviv, e de seguida ela regressou a casa
na Crimeia.
O problema é que desde a
ocupação russa da Crimeia no ano passado, o governo da Ucrânia,
cortou todo o tipo de ligações terrestres ou marítimas com a
Crimeia, sendo proibido todo o tipo de transito de carga ou de
pessoas.
Se bem que, na Ucrânia, o
que é “proibido por lei”, não tem exactamente o mesmo
significado que em outros sítios. Normalmente há sempre uma maneira
mais ou menos complicada de resolver a situação.
Assim, a agente 00421
chegou sã e salva a casa, embora a viagem tenha sido bem diferente
do que em outros tempos.
Antes era só apanhar o
comboio e em cerca de 22 horas estava em Simferopol (a principal
cidade da Crimeia).
Agora, a viagem é bem
mais complicada. Primeiro é preciso ir de comboio até uma cidade no
sul da Ucrânia. Depois é necessário apanhar uma carrinha
(marshutka) até onde começa a região da Crimeia. Depois é preciso
caminhar durante 4 kms através de um sitio, onde “por
coincidência”, não há policia nem militares. Quanto à bagagens
é tudo muito democrático, cada um carrega as suas. E por fim
apanha-se uma outra carrinha até Simferopol. Umas 28 horas no total.
E quanto a gastos, o custo da viagem é quase o dobro do que era há
dois anos atrás.
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